Meu artigo anterior refutava o site IACS sobre a possibilidade de pessoas viverem em outros mundos, ou de terem uma alma imortal. Como foi colocado na matéria anterior, o Instituto Apologético Cristo Salva, rebateu opiniões de outros crentes, alegando haver vida em outros lugares sem ser aqui na terra, mas vidas existentes não no céu. Alegou que Moisés e Elias vivem em tal lugar, e que Enoque foi um dos muitos que não provaram a morte física, pois Deus os trasladou-os para tal paraíso. Bem, este conceito de vida em outros lugares além do céu e da terra, era já crido por outras religiões, mas vou me ater na Igreja Adventista do Sétimo Dia. Ellen G. White e seu marido foram os líderes deste advento, e em muitas de suas publicações, dentre estas, Ellen editou um Livro onde conta que teve um arrebatamento a outro mundo, na qual era este mundo parecido como o jardim do Éden. Como eu disse acima, o site IACS alega ter vida em outros lugares, mas sobre esta matéria de Ellen Gold White, o site IACS confronta com ela, refutando tal existência de qualquer outro mundo habitável, exceto a Terra e o Céu. Para mostrar a cegueira do site Instituto Apologético Cristo Salva, colocarei aqui as duas versões e o leitor verá que há nestes dois, um cego guiando outro cego. Note bem no artigo do site IACS onde diz haver vida em outros lugares, e depois notem também o IACS contradizendo aquilo que ele também alegou em seu site, mas agora manquitolando em duas versões por refutar a publicação de Ellen Gold White. O IACS alegava que Enoque está vivo em um paraíso, mas agora refuta Ellen White dizendo que não. Veja os resultados:
EDIÇÃO DO SITE IACS |
Muitos grupos religiosos e pensadores independentes, contrários à crença de que há vida após a morte, precisam de um bom malabarismo bíblico para explicar como Moisés estava na transfiguração de Cristo, juntamente com Elias. Qual a visão cristã sobre este relato?
Em primeiro lugar, vamos ler os trechos das narrativas de Mateus, Marcos e Lucas sobre Jesus ter sido transfigurado diante de Pedro, Tiago e João:
"Então apareceram diante deles Moisés e Elias, falando com ele. Tomando a palavra, Pedro disse a Jesus: Senhor, é bom estarmos aqui; se quiseres, farei aqui três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias." - Mateus 17:3, 4. "Então Elias e Moisés apareceram diante deles; e falavam com Jesus. Tomando a palavra, Pedro disse a Jesus: Mestre, é bom estarmos aqui; façamos três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias. Pois não sabia o que dizer, porque ficaram com muito medo." - Marcos 9:4-6. "E dois homens falavam com ele, a saber, Moisés e Elias; eles apareceram em glória e falavam da partida dele, que estava para acontecer em Jerusalém. Pedro e os que estavam com ele haviam sido vencidos pelo sono; despertando, porém, viram a sua glória e os dois homens que estavam com ele. E, quando estes se afastavam dele, Pedro disse a Jesus: Mestre, é bom estarmos aqui. Façamos três tendas, uma para ti, uma para Moisés e outra para Elias, mas sem saber o que dizia." - Lucas 9:28-36. Os três relatos mostram que Elias e Moisés falavam com Jesus na transfiguração. Teria sido uma visão de Pedro, Tiago e João? Mateus 17:3, no grego, diz literalmente:
O texto não disse "eis que numa visão" apareceram a eles Moisés e Elias. Diz: "foram vistos", uma tradução mais precisa. E como eles foram vistos conversando com "ele", Jesus, o qual também foi visto pelos três, por que interpretar Jesus ser visto literalmente e os dois como uma visão? Esta interpretação é rejeitada pela maioria dos bons intérpretes das Escrituras. E no caso de Jesus, seria razoável admitir que ele estava ali literalmente transfigurado, mas de fato não conversava com ninguém pois a aparição de Moisés e Elias não era real? Lamento, mas isso não faz o menor sentido!
Outro ponto é: Pedro, mesmo sem saber o que dizia, pois estava assustado, ofereceu-se para fazer uma tenda para cada um deles. Assim, Pedro não admitiu que fosse uma visão nem naquela ocasião, e mais tarde, em melhores condições para elucidar a questão, não mencionou nada sobre ter sido apenas uma visão. (2 Pedro 1:17, 18).
Ainda sobre a questão de ter sido Moisés e Elias literalmente na visão, ou seja, se viram, foi uma visão, por se tratar de um fenômeno do mundo espiritual, mas viram porque realmente Jesus, Moisés e Elias estavam ali, podemos observar o texto em grego de Lucas 9:30-32:
Lucas narra que os dois homens conversavam com ele. Tanto Mateus e Lucas, então, que não estavam na ocasião, narram como se Moisés e Elias realmente estivessem ali. E de modo inspirado, narra os detalhes, como "foram vistos em glória", "e falavam sobre a partida dele". Estas descrições, a menos que fizessem parte de um livro simbólico ou apocalíptico, não se referem a uma visão apenas de dois homens em glória que na verdade não estavam ali, mas que foram vistos conversando com Jesus, em glória, que realmente estava ali. Novamente, isto não faz o menor sentido. Os que desejam a todo o custo promover a crença de que não poderia ser Moisés ali o fazem para encaixar seu pressuposto antibíblico de que não existe vida após a morte.
Uma vez provado pela simplicidade da narrativa que eram de fato Moisés e Elias, então temos que refutar outro grupo de maus intérpretes. Trata-se dos que não acreditam na vida após a morte e, por serem sinceros e admitirem que a narrativa realmente fala sobre o aparecimento literal de Moisés, precisam fazer o malabarismo bíblico de provar que Moisés foi ressuscitado em corpo glorificado após a sua morte e, então, pode aparecer a Jesus. Para isso, elaboram os seguintes argumentos: Argumento 1 - "Se Moisés apareceu em espírito, mas não havia sido ressuscitado, então como que Pedro propôs-se a fazer uma tenda para ele?"Resposta Cristã - Pedro não sabia o que estava falando. Lucas 9:33 confirma isso. Ele, na verdade, por ser impetuoso, entrou no meio da conversa de Jesus com Moisés e Elias. Mas como se pode ver um espírito? Deus certamente fez com que Moisés fosse visto, assim como fez que o anjo que apareceu no túmulo de Jesus também o fosse, mesmo sendo um espírito. (Mateus 28:1-7) Então temos base bíblica para esta interpretação. Argumento 2 - "O escritor inspirado Judas cria na ressurreição de Moisés porque a história que ele conta sobre a disputa pelo corpo de Moisés (Judas 9) foi baseado no livro hebraico fora da Bíblia, chamado A Assunção de Moisés, e este livro também conta sobre a ressurreição de Moisés."Resposta Cristã - Quem nos diz que Judas se baseou no Livro A Assunção de Moisés foi Orígenes. Admitindo-se o fato de que Judas, inspirado por Deus, citou deste livro apócrifo o relato da disputa do corpo de Moisés, isto não significa que Judas cria em toda a história ali narrada. Os livros apócrifos têm verdades e mentiras. Tanto que no relato disponível atual de parte deste livro, lemos que Moisés promete depois de morto proteger algumas tribos de Israel. Será que vamos aceitar isso como verdade? Não, pois os que partem para o outro mundo nada mais tem a ver com este, segundo a Bíblia. (Eclesiastes 9:3-11) Assim, cai por terra afirmar que os judeus acreditavam na ressurreição de Moisés pelo fato de Judas ter colocado em seu livro inspirado a informação sobre a disputa pelo corpo de Moisés extraída de um livro não-inspirado que narra uma suposta ressurreição de Moisés. Por fim, se o motivo da disputa pelo corpo de Moisés era a ressurreição dele, e se Judas acreditava na ressurreição dele, então por que não citou isso em seu livro? Não seria óbvio que a confirmação da parte de Judas sobre a ressurreição de Moisés seria o desfecho mais óbvio caso o motivo da disputa fosse a ressurreição dele? Todavia, isto não acontece. Argumento 3 - "O apóstolo Paulo menciona em Romanos 5:14 que a morte reinou até Moisés. Isto prova que Moisés foi ressuscitado, pois foi o primeiro a ter um corpo glorificado depois de morto, através da ressurreição."Resposta Cristã - Romanos 5:14 pertence a um contexto. E no contexto, menciona-se sobre não haver lei entre Adão e Moisés. Mas nos dias de Moisés, houve a Lei de Deus. E sabemos que essa Lei visava conduzir o povo de Deus a um Salvador. Assim, a morte reinou sem lei até Moisés, ou seja, nada até Moisés havia sido dado como Lei escrita para conduzir pessoas a Cristo. Em momento algum lemos que a morte reinou no mundo até Moisés porque ele foi ressuscitado. Isto é invencionice de quem segue seus pressupostos e a todo custo quer encaixar a Bíblia neles. Para finalizar esta consideração, precisamos entender que a Bíblia dá a ordem das ressurreições em corpos glorificados. Observe: "Cada um, porém, na sua vez: Cristo primeiro [ou as primícias], e depois os que lhe pertencem na sua vinda." - 1 Coríntios 15:23.Nem é necessário discutir aqui se Cristo é as primícias no sentido de ordem ou de importância. O próprio texto da a ordem, ou a classe, dos ressuscitados: Jesus e depois os que pertencem a ele na sua vinda. Não há exceção à regra. Nem Moisés, nem a Maria dos Católicos Romanos que também quebrou a regra por ter sido assunta aos céus depois de sua morte, ou seja, foi ressuscitada e foi ao céu em corpo glorificado. As outras ressurreições mencionadas na Bíblia não foram, em nenhum caso, em corpos glorificados. Todos foram ressuscitados para morrerem depois, e isto inclui os corpos dos santos ressuscitados quando Jesus morreu. - Mateus 27:52, 53. Alguns ainda raciocinam que Elias também foi glorificado, pois ao ser levado ao céu não poderia manter seu corpo humano, pois carne e sangue não herda o reino. (1 Coríntios 15:50) Posso até admitir isso, todavia, não houve ressurreição, pois Elias não experimentou a morte, ou seja, ocorreu com ele o mesmo fenômeno que ocorrerá com os crentes que estiverem vivos na volta de Cristo: Serão mudados num piscar de olhos. - 1 Coríntios 15:51, 52. Se Elias não foi ressuscitado, então de nada adiantará concluir que assim como Elias tinha corpo glorificado, Moisés também tinha, e como Moisés morreu, então para ter corpo glorificado teve que ser ressuscitado. O problema é que o caso dos dois é totalmente diferente, e ter Elias corpo glorificado não significava nem a sua ressurreição, quanto mais a de Moisés. Conclusão
Conforme vimos, foram realmente Moisés, em espírito, mas não ressuscitado, junto com Elias (que não provou a morte, mas foi trasladado ao paraíso [e não ao céu de onde Cristo veio - João 3:13], que apareceram a Jesus em sua transfiguração. Aqueles que insistem em dar outra interpretação, fazem malabarismos bíblicos para enfiar a Bíblia em seus pressupostos de que não há vida após a morte. Por assim crerem, caem em heresias piores, como os adventistas do sétimo dia e as testemunhas de Jeová, que ensinam um Jesus que simplesmente deixou de existir durante os três dias da morte de seu corpo, quando, na verdade, jamais morreu como Deus, e seu Espírito sempre foi o mesmo ontem, hoje e sempre.- Hebreus 13:8. Portanto, sejamos gratos a Deus pela verdade de que assim que morremos, nosso espírito sai, e no caso dos crentes, vão para o paraíso, ou seio de Abraão, conforme a parábola do Rico e do Lázaro. (Lucas 16:19-31) E que saibamos dar respostas bíblicas aos perdidos que discordam da Bíblia para apregoar as heresias de seus líderes e profetas anti-imortalidade do espírito. - Editor: ? OBS: (Estou proibido pelo autor de colocar nome)
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