AS HERESIAS DO SITE IACS
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Heresias do Instituto Apologético Cristo Salva

Discutindo sobre a Transfiguração de Jesus Cristo, o site Instituto Apologético Cristão faz as seguintes perguntas: MOISÉS NA TRANSFIGURAÇÃO - RESSUSCITADO, APENAS UMA VISÃO, OU EM ESPÍRITO?

O autor fez um malabarismo de opiniões firmadas por outros, aos quais não crêem no ensinamento duma alma imortal. Assim, citando textos da Bíblia, o autor tenta, com outro malabarismo, refutar aos que não aceitam a imortalidade e que negam Moisés ter estado em espírito no céu desde que morreu. Falando em termos claros, Moisés não estava com Jesus Cristo como uma pessoa real. O autor citou Mateus, Marcos e lucas, onde estes relatam a Transfiguração de Jesus. É evidente que os relatos falam que apareceram Moisés e Elias junto de Jesus! E é verdade que este epsódio foi visto por Pedro, Tiago e João. Também é evidemte que o texto diz que Moisés e Elias falavam com Jesus! E é claro que não era uma visão de Pedro, Tiago e de João. Também é claro que no texto grego diz literalmente que eles foram vistos, caso contrário não seria nem visão, pois nada teria sido visto ou aparecido a eles. Antecipando o resultado da matéria do autor, eu escolho entre as três perguntas, que a Transfiguração é apenas uma visão, não imaginária, mas real. Mais adiante veremos porque eu escolho ser uma visão. O autor atropela o título de seu artigo, onde ele deveria explicar começando na primeira opção, que é: MOISÉS NA TRANSFIGURAÇÃO era um ressuscitado?, mas não, partiu para o final das questões. Bem, como ele alega, mediante o que escreveu: "Muitos grupos religiosos e pensadores independentes, contrários à crença de que há vida após a morte", ele crê nesta imortalidade da alma! Notamos também que o autor do site nem deu atenção para Elias, não fez objeções sobre Elias estar ali, visto que ele entende que Elias não sofreu a morte, mas foi trasladado para um outro lugar sem ser no céu, mas em vida. Com essa crênça da alma imortal, o autor defende que Moisés e Elias estavam ali literalmente em espírito.

Ele argumenta que no caso de Jesus: "seria razoável admitir que ele estava ali literalmente transfigurado, mas de fato, não conversava com ninguém, pois a aparição de Miosés e Elias não era real?" E então diz lamentar porque isso não faz sentido. O autor, não posso citar seu nome, pois fui proibido por ele de mencionar, faz vistas grossas de outras passagens bíblicas onde ocorreram coisas similares à Transfiguração, ou seja, visões literais mas que os personagens não estavam ali com seus corpos literais, era apenas visões indicando realidade de algo a acontecer, ou algo a ser declarado. Moisés não era ali um ressuscitado, é óbvio isso. Também não estava ali como um homem espiritual real. Moisés não estava vivo, era apenas uma visão dada pelo poder de Deus. O autor diz: "foram vistos"! Sim, foram vistos . . . isto é impossível para Jeová fazer?

Ele diz ainda: O texto não disse "eis que numa visão" apareceram a eles Moisés e Elias". Mateus, Marcos e lucas não disseram mesmo, mas outros disseram! O próprio Jesus chamou o ocorrido de “visão”: E, descendo eles do monte, Jesus lhes ordenou, dizendo: A ninguém conteis a "visão", até que o Filho do homem seja ressuscitado dentre os mortos.(Mateus 17:9), não de mera ilusão. Cristo estava realmente ali, embora Moisés e Elias, que estavam mortos, não estivessem literalmente presentes. Eles estavam representados na visão. A transfiguração foi um ato milagroso mostrando que Jesus Cristo haveria de ser glorioso Rei do reino de Deus. Alguns dias antes disso ele havia dito: Dizia-lhes também: Em verdade vos digo que, dos que aqui estão, alguns há que não provarão a morte sem que vejam chegado o reino de Deus com poder.(Marcos 9:1) Isto aconteceu na transfiguração. Jesus mostrou a eles que as profecias registradas por Moisés, Elias e outros profetas se cumpririam verdadeiramente! Sabemos que a vinda de Jesus com o poder do reino se dará futuramente, com a destruíção do mundo perverso e do arquiinimigo de Deus destruído. Mas Jesus antecipou esta glória que ele receberia de seu Pai, para que eles fossem assegurados das promessas referentes ao reino e ao próprio Cristo, qual Rei Glorioso. As Escrituras não dizem que Jesus "veio no poder do reino" lá naqueles dias da transfiguração! Isto é futuro. Apenas foi dada uma visão do que aconteceria a Jesus. O site IACS alega que Moisés estava ali como uma pessoa espiritual, ou seja, que após Moisés ter morrido, ele passou a existir qual espírito.

Isto contradiz os ensinos bíblicos sobre a condição do homem, quando ele foi criado. A Bíblia é clara em nos dizer que somos uma alma, não que colocou-se em nós uma alma. Em Genêsis lemos: "E formou o SENHOR Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente." (Gênesis 2:7) O homem não ganhou uma alma, ele foi feito uma alma vivente. Não têm como torcer isto, malabarismos não funcionam na Palavra de Deus! Adão não existia, alma alguma dele vivia em outro lugar, ele foi feito alma vivente. O homem é uma alma vivente, morrendo o homem, morre a alma, pois nós somos a alma. Pergunto ao IACS: "onde está Adão"? Num inferno de fogo, ou vagando por aí? Adão pecou deliberadamente contra Jeová.
Jeová disse referente a Adão desobedecê-lo: "certamente morrerás".(Gênesis 2:17) Jeová não disse que Adão iria pra um inferno ou que ficaria vivo como ser espiritual, ele realmente morreria, voltaria de onde veio. E de onde ele veio? "No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás"(Gênesis 3:19), disse Jeová! O ensino da alma imortal ensina que Deus realmente não pode destruir um ser iníquo. Mas o ensino da Bíblia é claro: "Eis que todas as almas são minhas; como o é a alma do pai, assim também a alma do filho é minha: a alma que pecar, essa morrerá."(Ezequiel 18:4) A imortalidade da alma não é ensinamento bíblico, ao contrário, sua fonte é Satanás: "É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim? Certamente não morrereis." (Gênesis 3:1,4) Em quem acreditar, Jeová disse: "E ordenou o SENHOR Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente. Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás." (Gênesis 2:16-17) Daí vem Satanás e diz: "Certamente não morrereis". (Gênesis 3:4) Sábio é aquele que escolhe a Jeová! Os judeus antigos criam na ressurreição dos mortos e não numa inerente imortalidade humana. (Mateus 22:31, 32; Hebreus 11:19) A palavra “imortalidade” ocorre três vezes na Bíblia, todas elas nas Escrituras Gregas Cristãs. Um exame de seu uso torna clara uma coisa: O homem não é inerentemente imortal. Vamos considerar o seguinte, por exemplo, as palavras do apóstolo Paulo em 1 Timóteo 6:15, 16, onde ele descreve a Jesus Cristo como “o Rei dos que reinam e Senhor dos que dominam, o único que tem imortalidade”. Assim, como se distingue Jesus de todos os outros “reis” e “senhores”? Ele é imortal; eles não. É verdade que se promete a imortalidade para os seguidores de Cristo chamados para reinar com ele no céu. (1 Pedro 1:3, 4) Assim, em 1 Coríntios 15:53, 54, lemos: “Isto que é mortal tem de revestir-se de imortalidade. Mas, quando . . . isto que é mortal se revestir de imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: ‘A morte foi tragada para sempre.’ ” Mas, note que isto que é mortal ‘se reveste’ de imortalidade. É uma recompensa para cristãos fiéis, escolhidos. Não é algo que todos os humanos herdam. Além do mais, a Bíblia não diz que o homem tem ou que recebeu uma alma. Em vez disso, ela diz: “E Jeová Deus passou a formar o homem do pó do solo e a soprar nas suas narinas o fôlego de vida, e o homem veio a ser uma alma vivente.” (Gênesis 2:7; compare com 1 Coríntios 15:45.)

Ser algo é muito diferente de ter algo. Ninguém negará que ser um cachorro e diferente de ter um cachorro! Igualmente, ser uma alma não é o mesmo que ter uma alma. Que nem todos os humanos recebem a dádiva da imortalidade torna-se claro das muitas referências da Bíblia à morte da alma. Por exemplo: “A alma que pecar — ela é que morrerá.” (Ezequiel 18:4, 20) “Deveras, toda alma que não escutar esse Profeta será completamente destruída dentre o povo.” — Atos 3:23. Visto que não temos alma imortal, o que acontece quando a pessoa morre? Ela passa a ‘dormir’, porque graças ao sacrifício de resgate de Cristo há a esperança duma ressurreição. (1 Coríntios 15:22) Quando Lázaro morreu, Jesus disse: “Eu viajo para lá para o despertar do sono.” Daí, ele explicou: “Lázaro morreu.” (João 11:11-14) Paulo também falou sobre os “que estão dormindo na morte”. (1 Tessalonicenses 4:13, 14; 1 Coríntios 15:20) Bem, se os mortos estão dormindo . . . eu pergunto ao IACS: Haverá um Despertar, ou já estão despertos em espírito? Considere a seguinte cena espantosa: Uma multidão estava reunida diante dum túmulo em Betânia, perto de Jerusalém. Jesus estava ali com Maria e Marta, irmãs de Lázaro, que morrera recentemente e cujo corpo jazia no túmulo fechado por uma pedra. “Retirai a pedra”, ordenou Jesus. Marta objetou: “Senhor, ele já deve estar cheirando, porque já faz quatro dias.” Mas, depois duma breve oração, Jesus bradou: “Lázaro, vem para fora!” E Lázaro saiu! (João 11:38-44) Pode imaginar o assombro e a alegria da multidão — especialmente de Maria e de Marta?

Se Lázaro estivesse vivo durante aqueles quatro dias, não teria ele revelado isso a todo mundo? Mas, não há registro de que ele tenha relatado qualquer experiência que tivera enquanto morto, o que confirma adicionalmente que, como diz a Bíblia, “os mortos não sabem nada”. — (Eclesiastes 9:5) O caso de Lázaro não foi o único. Num lugar chamado Naim, Jesus se deparou com um cortejo fúnebre dum jovem prestes a ser enterrado. Jesus disse: “Jovem, eu te digo: ‘Levanta-te!’” E o que aconteceu? “O morto sentou-se e principiou a falar.” (Lucas 7:11-17) Mas, novamente nesse caso, será que o jovem disse algo sobre algum lugar para onde as pessoas vão ao morrer? Não, pois evidentemente ele simplesmente estivera morto. Jesus, Paulo, Pedro, Elias e Eliseu ressuscitaram pessoas. Nenhuma destas, que estiveram mortas, disse uma só palavra sobre vida após a morte. Tais milagres maravilhosos provêem um antegosto da única maneira pela qual a vasta maioria dos mortos poderá viver de novo — pela ressurreição de volta à vida na terra, sob o Reino de Deus. Jesus disse: “Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos túmulos memoriais ouvirão a [minha] voz e sairão.” (João 5:28, 29) Será uma experiência muito emocionante para os que forem privilegiados a viver sob o governo milenar do Reino de Cristo, agora tão próximo. (Revelação 20:4, 6) A esperança da ressurreição em si mesma prova que os mortos não podem estar vivos. Se as pessoas hão de ser ressuscitadas, primeiro precisam ficar sem vida.

Jesus é a ressurreição, Moisés não estava vivo em parte alguma, isto só será possível "no último dia", conforme disse Jesus. Aliás, Jesus é a primícia, o primeiro a ter uma alma imortal. Paulo escreveu: “Sabemos que Cristo não morre mais, agora que tem sido levantado dentre os mortos; a morte não domina mais sobre ele.” (Romanos 6:9) Portanto, Jesus é a primeira pessoa mencionada na Bíblia como tendo recebido a dádiva da imortalidade. Realmente, quando Paulo escreveu isso, Jesus era o único que havia obtido uma vida indestrutível. Todos que ensinam tal aburdo se encontram num Dilema: A IDÉIA da imortalidade da alma e a fé na ressurreição dos mortos . . . são conceitos situados em planos totalmente diferentes, e precisa-se fazer uma escolha entre os dois.” Isto resumem o dilema que os teólogos protestantes e católicos enfrentam sobre a condição dos mortos. A Bíblia menciona a esperança da ressurreição “no último dia”. (João 6:39, 40, 44, 54) Mas a esperança de muitos fiéis, “baseia-se na imortalidade da alma, a qual se separa do corpo por ocasião da morte e volta a Deus, enquanto que a esperança na ressurreição quase que desapareceu, para não dizer que acabou de vez”. Assim se confrontam com este dilema: “Qual é a condição dos mortos no ‘intervalo’ entre a morte corporal e a ressurreição final?” Essa pergunta parece ter sido centro de debate teológico nos últimos anos. O que originou isso? Mais importante ainda, qual a verdadeira esperança para os mortos?

Os primeiros cristãos tinham um entendimento claro do assunto. À base da Bíblia, sabiam que os mortos não estão cônscios de nada, pois as Escrituras Hebraicas dizem: “Os viventes estão cônscios de que morrerão; os mortos, porém, não estão cônscios de absolutamente nada . . . Não há trabalho, nem planejamento, nem conhecimento, nem sabedoria no Seol, o lugar para onde vais.” (Eclesiastes 9:5, 10) Esses cristãos esperavam que a ressurreição ocorresse durante a então futura “presença do Senhor”. (1 Tessalonicenses 4:13-17) Não esperavam estar cônscios em algum outro lugar enquanto aguardassem esse acontecimento. “Não existia nenhuma afirmação doutrinal na antiga Igreja sobre a imortalidade da alma.” Mas o Nuovo dizionario di teologia explica que na leitura dos escritos dos Pais da Igreja, como Agostinho ou Ambrósio, “damo-nos conta de algo novo no tocante à tradição bíblica: o surgimento duma escatologia grega, fundamentalmente diferente da dos judeo-cristãos”. Esse novo ensino baseava-se na “imortalidade da alma, no juízo particular com recompensa ou castigo logo após a morte”. Assim, suscitou-se a pergunta sobre o “estado intermediário”: se a alma sobrevive à morte do corpo, o que acontece a ela enquanto espera pela ressurreição, no “último dia”? Esse é um dilema que os teólogos têm-se empenhado arduamente para solucionar.

No sexto século EC, o Papa Gregório I argumentou que na morte as almas vão de imediato para o lugar a que foram destinadas. O Papa João XXII, do século 14, estava convencido de que os mortos receberiam a recompensa definitiva no Dia do Juízo. O Papa Benedito XII, contudo, refutou o seu predecessor. Na bula papal Benedictus Deus (1336), ele decretou que “as almas dos falecidos entram numa condição de bem-aventurança [céu], purificação [purgatório], ou condenação [inferno] logo após a morte, apenas para serem reunidas aos corpos ressuscitados no fim do mundo”. Apesar das controvérsias e dos debates, essa tem sido a posição das religiões da cristandade por séculos, ainda que em geral os protestantes e os ortodoxos não creiam no purgatório. Desde o fim do século passado, porém, um crescente número de eruditos tem chamado a atenção das pessoas à origem não bíblica da doutrina da imortalidade da alma, e, em conseqüência, “a moderna teologia agora procura com freqüência encarar o homem como uma unidade que se acaba por inteiro na morte”. (The Encyclopedia of Religion) Os comentaristas bíblicos, portanto, acham difícil justificar a existência de um “estado intermediário”. A Bíblia fala sobre isso? Ou oferece uma esperança diferente?

Paulo cria num “estado intermediário”?

O Catecismo da Igreja Católica diz: “Para ressuscitar com Cristo é preciso morrer com Cristo, é preciso ‘deixar a mansão deste corpo para ir morar junto do Senhor’. [2 Coríntios 5:8] Nesta ‘partida’ que é a morte, a alma é separada do corpo. [Filipenses 1:23] Ela será reunida ao seu corpo no dia da ressurreição dos mortos.” Mas diz o apóstolo Paulo nos textos acima que a alma sobrevive à morte do corpo e então aguarda o “Juízo Final” para ser reunida ao corpo? Em 2 Coríntios 5:1, Paulo refere-se à sua morte e fala da “casa terrestre” se “dissolver”. Estava pensando na alma imortal abandonar o corpo? Não. Paulo acreditava que o homem é uma alma, não que tem uma alma. (Gênesis 2:7; 1 Coríntios 15:45) Paulo era cristão ungido com espírito cuja esperança, igual à de seus irmãos no primeiro século, estava ‘reservada nos céus’. (Colossenses 1:5; Romanos 8:14-18) Seu ‘sério desejo’, portanto, era ser ressuscitado para o céu como criatura espiritual e imortal, no tempo determinado por Deus. (2 Coríntios 5:2-4) Referindo-se à sua esperança, escreveu: “Todos seremos mudados . . . durante a última trombeta. Pois a trombeta soará, e os mortos serão levantados incorruptíveis, e nós seremos mudados.” — 1 Coríntios 15:51, 52.

Em Filipenses 1:21, 23, Paulo diz: “No meu caso, viver é Cristo, e morrer é ganho. Estou sob pressão destas duas coisas; mas o que desejo é o livramento e o estar com Cristo, pois isto, decerto, é muito melhor.” Refere-se Paulo aqui a um “estado intermediário”? Alguns acham que sim. O que Paulo está dizendo, porém, é que se sentia pressionado entre duas possibilidades: vida ou morte. “Mas o que desejo”, acrescentou, mencionando uma terceira possibilidade, “é o livramento e o estar com Cristo”. “Livramento” para estar com Cristo logo após a morte? Bem, como já considerado, Paulo cria que os cristãos ungidos fiéis seriam ressuscitados durante a presença de Cristo. Por conseguinte, ele deve ter-se referido ao que aconteceria nessa ocasião.

Pode-se deduzir isso de suas palavras em Filipenses 3:20, 21 e 1 Tessalonicenses 4:16. Tal “livramento” durante a presença de Cristo Jesus possibilitaria que Paulo recebesse a recompensa reservada para ele por Deus. Pode-se ver que essa era sua esperança nas palavras que dirigiu ao jovem Timóteo: “Doravante me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, o justo juiz, me dará como recompensa naquele dia, contudo, não somente a mim, mas também a todos os que amaram a sua manifestação.” — 2 Timóteo 4:8.

Os primitivos cristãos entendiam que a ressurreição começaria durante a presença de Cristo, e eles receberam força e consolo dessa magnífica verdade bíblica. (Mateus 24:3; João 5:28, 29; 11:24, 25; 1 Coríntios 15:19, 20; 1 Tessalonicenses 4:13) Com fidelidade aguardavam essa alegria futura, ao passo que rejeitavam ensinos apóstatas sobre a alma imortal. — Atos 20:28-30; 2 Timóteo 4:3, 4; 2 Pedro 2:1-3. Com certeza a ressurreição não é só para os cristãos com esperança celestial. (1 Pedro 1:3-5) Os patriarcas e outros servos de Deus de tempos antigos exerceram fé na capacidade de Jeová de trazer os mortos de volta à vida na terra. (Jó 14:14, 15; Daniel 12:2; Lucas 20:37, 38; Hebreus 11:19, 35) Até os bilhões de pessoas que no decorrer dos séculos nunca chegaram a conhecer a Deus têm a oportunidade de voltar a viver num paraíso terrestre, visto que “há de haver uma ressurreição tanto de justos como de injustos”. (Atos 24:15; Lucas 23:42, 43) Não é emocionante esta perspectiva?

Em vez de fazer-nos crer que o sofrimento e a morte sempre existirão, Jeová dirige nossa atenção ao tempo em que o ‘último inimigo, a morte,’ será eliminado para sempre e os humanos fiéis viverão eternamente numa terra em que se terá restabelecido o Paraíso. (1 Coríntios 15:26; João 3:16; 2 Pedro 3:13) Será maravilhoso ver as pessoas que amamos voltarem a viver! Esta esperança segura é muito melhor — e como! — do que a hipotética imortalidade da alma humana, que na verdade é uma doutrina baseada na filosofia grega e não na Palavra de Deus. Se basear sua esperança na promessa segura de Deus, você também poderá ter certeza de que em breve “não haverá mais morte”. — Revelação (Apocalipse) 21:3-5.

O site IACS alega que Elias não sofreu a morte: "Elias (que não provou a morte, mas foi trasladado ao paraíso [e não ao céu de onde Cristo veio - João 3:13], que apareceram a Jesus em sua transfiguração." Ora, por Elias ter sido elevado num vendaval, não quer dizer que jamais tenha morrido, e de que ele fora para outra beatitude. Ou será que Foi? A FIM de respondermos a esta pergunta, certos fatos precisam ser considerados primeiro. Entre estes acham-se os seguintes: Mediante sua manifestação na terra, há dezenove séculos atrás, o Filho de Deus “lançou luz sobre a vida e a incorrução por intermédio das boas novas”. (2 Tim. 1:10) Por meio dele, Deus concedeu a muitos “um novo nascimento para uma esperança viva . . . para uma herança incorrutível, e imaculada, e imarcescível . . . reservada nos céus”. (1 Ped. 1:3, 4) O próprio Jesus Cristo foi a primeira pessoa ressuscitada para a plenitude da vida, a primeira a ser ressuscitada para o céu. — Rev. 1:5.

Jesus, portanto, era o “precursor” daqueles que obterão a vida no céu. O inspirado escritor cristão disse sobre a esperança celeste: “Temos esta esperança como âncora para a alma, tanto segura como firme, e ela penetra até o interior da cortina [no Santíssimo do templo, representando a morada celeste do próprio Deus], onde um precursor entrou a nosso favor Jesus, que se tornou sumo sacerdote para sempre à maneira de Melquisedeque.” (Heb. 6:19, 20) O mesmo escritor mostra que a cortina que dava para o compartimento Santíssimo do tabernáculo do deserto representa a carne de Jesus. (Heb. 10:20; compare com Êxo. 26:1, 31, 33.) Enquanto Jesus estava na carne, não podia ir para o céu, pois “carne e sangue não podem herdar o reino de Deus”. (1 Cor. 15:50) Por abandonar sua carne, que deu “a favor da vida do mundo” e por ser ressuscitado “em espírito”, foi aberto o caminho para aqueles que fossem convidados para o Reino dos céus. — João 6:51; 1 Ped. 3:18.

Ademais, diz-se que a ressurreição de Cristo é uma “garantia a todos os homens” de que Deus ressuscitará outros (Atos 17:31; 24:15) Isto não seria verdade se Deus já estivesse ressuscitando homens justos para o céu durante todos os séculos anteriores. Como então, devemos entender o relato bíblico sobre o profeta Elias, que reza: “Seguindo eles [Elias e Eliseu] andando, falando ao andarem, ora, eis um carro de guerra, de fogo, e cavalos de fogo, e eles passaram a fazer uma separação entre os dois; e Elias foi subindo aos céus no vendaval.” (2 Reis 2:11) Foi Elias realmente para os céus de Deus? Ou morreu?

Temos as palavras do maior profeta de Deus, Jesus Cristo, que residia nos céus junto com seu Pai por indizíveis séculos antes de vir à terra. Disse ele: “Nenhum homem ascendeu ao céu, senão aquele que desceu do céu, o Filho do homem.” (João 3:13) Falando de João Batista, Jesus disse: “Entre os nascidos de mulheres não se levantou ninguém maior do que João Batista; mas aquele que é menor no reino dos céus é maior do que ele.” (Mat. 11:11) Assim, Elias, não sendo maior do que João, não poderia estar no céu. Quais, então, eram os “céus” a que Elias foi levado pelo vendaval? Eram os céus físicos, a atmosfera, a “expansão”, também chamada “Céu”, em Gênesis 1:6-8. Um vendaval só podia existir nesta expansão atmosférica, e não no domínio espiritual da presença celeste de Jeová. Elias foi levado pelo vendaval desaparecendo da vista de Eliseu.

A Bíblia não afirma que Elias morreu nessa ocasião. A bem dizer, Elias ainda estava vivo e ativo como profeta pelo menos cinco anos depois disso, pelo que parece no território de Judá. A Bíblia nos diz: “Por fim chegou a [Jeorão, rei de Judá] um escrito da parte de Elias o profeta.” Esta carta predizia a doença e morte de Jeorão, devido a seu proceder errado e idólatra. (2 Crô. 21:12-15) Evidência adicional de que Elias não morreu na ocasião em que foi levado para os “céus” é que seu servo e sucessor, Eliseu, não guardou o período costumeiro de pranto pelo seu amo. — Compare com 2 Samuel 19:1; 1 Crônicas 7:22; 2 Crônicas 35:24. Que dizer de Enoque, o sétimo em linha desde Adão? Sobre ele, a Bíblia diz: “Enoque andou com o verdadeiro Deus. Depois não era mais, porque Deus o tomou.” (Gên. 5:24) Enoque, como profeta de Jeová, predisse a vinda de Deus com suas miríades de anjos para executar julgamento contra os ímpios. (Judas 14, 15) É provável que o perseguissem por causa de sua profecia. No entanto, Deus não permitiu que seus opositores matassem Enoque. Ao invés, Deus “o tomou”, evidentemente significando que Ele abreviou a vida de Enoque numa idade bem abaixo da maioria de seus contemporâneos. Parece que, como se deu no caso do corpo de Moisés, Jeová dispôs do corpo de Enoque, pois “não foi achado em parte alguma”. — Heb. 11:5; Deu. 34:5, 6; Judas 9.

Assim, em vista da declaração expressa de Jesus em João 3:13, Enoque não foi levado para o céu da morada de Deus. Ele morreu, como torna claro o apóstolo Paulo ao dizer, depois de citar Enoque e outras testemunhas fiéis e antigas de Deus: “Todos estes morreram em fé, embora não recebessem o cumprimento das promessas, mas viram-nas de longe e acolheram-nas, e declararam publicamente que eram estranhos e residentes temporários no país.” (Heb. 11:13) Tais homens sabiam que sua recompensa estava no futuro distante. Os profetas da antiguidade sabiam que suas profecias messiânicas não se aplicavam a eles próprios, mas tinham cumprimento mais tarde. Por isso, o apóstolo Pedro afirma aos que são seguidores das pisadas de Jesus Cristo, o Precursor celeste: “Acerca desta mesma salvação [prometida aos co-herdeiros de Cristo e sendo uma esperança celeste] fizeram diligente indagação e cuidadosa pesquisa profetas [inclusive Enoque e Elias] que profetizaram a respeito da benignidade imerecida que vos era destinada. Eles investigaram que época específica ou que sorte de época o espírito neles indicava a respeito de Cristo, quando de antemão dava testemunho dos sofrimentos por Cristo e das glórias que os seguiriam. Foi-lhes revelado que não era para eles, mas para vós que ministravam as coisas que agora vos foram anunciadas por intermédio dos que vos declararam as boas novas.” — 1 Ped. 1:10-12.

Pedro, falando aos judeus reunidos no dia de Pentecostes, pouco depois da ressurreição de Jesus, disse sobre o fiel Rei Davi, “homem agradável ao . . . coração [de Jeová]”: “Realmente, Davi não ascendeu aos céus, mas ele mesmo diz: ‘Jeová disse a meu Senhor: “Senta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos como escabelo para os teus pés.”’” (Atos 13:22; 2:34, 35) Semelhantemente, Elias e Enoque, junto com outros, estão no túmulo, esperando a ação do Senhor Jesus Cristo em colocar seus inimigos sob seus pé por destruí-los. (Atos 2:29) O glorioso Cristo entronizado então ressuscitará esses homens fiéis dentre os mortos, tornando-os “príncipes” em toda a terra”. (Sal. 45:16; Rev. 20:11-13) Estes homens fidedignos trabalharão bem junto com o Rei celeste, em administrar a retidão e a justiça na terra.

Eu creio não precisar colocar aqui mais declarações bíblicas a respeito das alegações do site IACS, as pessoas sinceras saberão pesquisar o assunto e com certeza, serão refletivas e perspicazes, aceitarão o que diz a Bíblia. As demais falácias restantes deste autor na matéria, acho já estar rebatidas, não preciso esticar mais este assunto.